Venha, após tanta lágrima bebida
E tanto fel provado, a dôce e branda
Alegria, em que a murcha flor se expanda
Do sorriso, e eu de novo surja à vida!
De novo em festas, gárrula e florida,
A alma se rasgue inteira – ampla varanda
Escancarada de uma e outra banda
Ao fresco e à luz, de alegre sol batida…
Parta a loisa ao sepulcro que a devora,
E, livre assim dessa mortal tristeza,
Desfeita em hinos, vá pela floresta…
Vá pelo mar… vá pelo azul
afóra…
Derramando por tôda a natureza
O pouco de ilusões que ainda me resta.
Fonte: Almanaque Bertrand (1940)
Texto/Autor: Raimundo Corrêa
Foto da Net
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